domingo, 18 de setembro de 2011

Secretário defende no Agenda Bahia terras para estrangeiros vinculadas à agroindustrialização

Brasil perde todos os dias milhões de dólares e a oportunidade de gerar milhares de empregos

Com o auditório da Federação da Indústria do Estado da Bahia, (Fieb), lotado por líderes de todos os setores da agropecuária, técnicos, empresários, dirigentes de instituições, representantes da imprensa e participantes do Agenda Bahia, evento promovido pelo grupo Rede Bahia, em parceria com a Fieb, o secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, demonstrou o potencial de agroindustrialização do Estado, e afirmou que um dos maiores entraves ao processo de agroindustrialização da Bahia e do Brasil é a proibição de compra de terras por estrangeiros, em função de um parecer da Advocacia Geral da União, (AGU).

O secretário participou, na manhã desta quarta-feira, (14) do debate “Estratégias para a industrialização vitoriosa”, parte da programação do Seminário Agronegócio-Economia Climática e Industrialização, que contou com as presenças de Alexandre Mendonça de Barros, sócio-diretor da MB Associados; Luis Augusto de Castro Neves, ex-embaixador do Brasil na China e no Japão; Diego Badaró, coordenador do Salon du Chocolat na Bahia, e sócio da Amma Chocolates; Pedro Tassi, presidente do Centro das Indústrias do Oeste Baiano, (Ciob); e Fernando Antonio Batista Vieira, economista do BNDES.

“Somos contra a especulação imobiliária, mas a favor dos investimentos no Estado e da geração de empregos”, disse o secretário, explicando que a venda de terras a estrangeiros deve acontecer atrelada ao processo produtivo. Salles defendeu a tese de que empresários estrangeiros que queiram investir na agroindustrialização da Bahia tenham o direito de comprar terras suficientes para produzir 50% da capacidade instalada de processamento. O secretário avalia que nenhum grupo estrangeiro virá investir dependendo 100% da matéria-prima fornecida por terceiros

Ele destacou que todos os dias o País perde milhões de dólares em investimentos e a possibilidade de gerar milhares de empregos por causa da proibição de compra de terras por estrangeiros.

O secretário da Agricultura analisou que se o Brasil avançou tanto no agronegócio, foi, em boa parte, graças ao investimento de multinacionais e fundos estrangeiros. “Esses grupos querem investir em agroindústrias e logística”, disse.

DEBATE

O secretário elogiou a iniciativa do grupo de comunicação Rede Bahia em parceria com a Fieb, e disse que “eventos como esse são de extrema importância para pensar o futuro, e ajudam o governo a definir políticas públicas”. Durante o debate, Salles falou das ações do Estado para agroindustrializar a Bahia, e informou que, em dois anos, 20 agroindústrias já foram viabilizadas, espalhadas por todo Estado, estando em diversas fases do processo. Algumas estão em funcionamento, outras com protocolos de intenção assinados, e outras na intenção.

O debate fez parte da programação do Seminário Agronegócio- Economia Climática e Industrialização, que teve o objetivo de reunir dirigentes de empresas e instituições, além de especialistas e autoridades, para discutir e apontar diretrizes para o setor, abordando questões relevantes não só para a Bahia como para o País.


Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri)
Assessoria de Imprensa -Josalto Alves/Lana Silvany


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