terça-feira, 6 de março de 2012

Babá transexual de Obama na Indonésia luta por sobrevivência



Houve um tempo, muitos anos atrás, em que Evie tomava conta de “Barry” Obama, o garoto que mais tarde cresceria para se tornar o homem mais poderoso do mundo. Hoje, a ex-babá transexual desistiu de seus vestidos floridos e suas roupas bordadas, e agora vive com medo na Indonésia.

Evie, que nasceu homem, mas acredita ser uma mulher, aguentou uma vida de insultos e espancamentos por causa de sua identidade. Além da violência dentro de casa, ela contou como soldados uma vez rasparam seu cabelo comprido e deixaram marcas de cigarros em suas mãos e braços.

A mudança veio quando ela achou o corpo de uma amiga transexual boiando em um canal de esgoto há duas décadas. Ela juntou todas suas roupas femininas e as colocou em duas grandes caixas. Batom ainda pela metade, pó compacto, sombra e lápis de olho – ela fez questão de dar tudo embora.

“Eu sabia, no fundo do meu coração, que eu era uma mulher, mas não queria morrer daquela maneira”, disse Evie, 66 anos, com os lábios trêmulos ao trazer à tona memórias. “Então eu simplesmente decidi aceitar isso. E tenho vivido como um homem desde então”.

A postura da Indonésia em relação aos transexuais é complexa. Ninguém sabe quantos deles vivem no arquipélago cuja nação contém 240 milhões de pessoas. Ativistas estimam que hoje sejam 7 milhões em todo o país. Pelo fato de a Indonésia ser casa de mais muçulmanos do que qualquer outro lugar no mundo, a difusão de homens que vivem como mulheres e vice-versa às vezes surpreende. Eles geralmente se apresentam como cantores ou em salões e fazem parte do famoso talk show de celebridades apresentado por Dorce Gamalama. ( Leia mais na IG )


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