terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Que cidade você quer viver, em 2022?


Outono em São Paulo
Faz dois anos estava com 30 pessoas em volta de uma mesa e três perguntas em cima dela. Tínhamos um dia inteiro para responder ao desafio que havia sido apresentado por cinco organizações e movimentos sociais de forte atuação na capital paulista:
1. Qual sua visão para integrar utopia e realidade para São Paulo em 2022?
2. O que projetar e priorizar para 2022?
3. Como construir os caminhos para a concretização das propostas?
Antes de seguir em frente, uma explicação para a data citada: em 2022 comemora-se o bicentenário da Independência e o centenário da Semana de Arte Moderna, e se encerra a vigência do Plano Diretor Estratégico que a cidade esqueceu de implantar e rediscutir nestes anos todos. Bons motivos para provocar a reflexão sobre a São Paulo que queremos ou a que podemos ter.
Lembrei-me do encontro agora porque no fim do mês – dia 23 de novembro – será lançado o Projeto São Paulo 2022, com a intenção de oferecer ao cidadão e ao setor público informações sobre a Capital e, assim, levar adiante a construção de uma cidade que contemple uma agenda de desenvolvimento justo e sustentável.
Naquela oportunidade me coube o papel de provocador. Estava lá para gerar reações dos demais participantes da mesa de discussão e fazê-los imaginar como seria esta cidade melhor que todos buscamos. Antes deles falarem, porém, apresentei o que considero ser fundamental para que se possa planejar. E repito neste artigo. Nossas ideias – sejam quais forem – têm de estar calçadas em três dimensões: custo, acesso e qualidade. Nenhuma se sobrepõe a outra, todas precisam ser medidas com a mesma régua. No Brasil, costuma-se por as questões do custo em primeiro lugar e o resultado tende a ser o aumento do gasto no setor público e a redução no privado, sem que haja efeito no acesso aos serviços e na qualidade oferecida.

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