domingo, 16 de outubro de 2011

Cadeia produtiva da cana-de-açúcar é discutida na região de Coaraci

Para contribuir com o fortalecimento da cadeia produtiva da cana-de-açúcar no sul da Bahia, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), deslocou do município de Abaíra, na Chapada Diamantina, para a região de Coaraci, o técnico da Empresa Nelson Luz Pereira, que tem uma vasta experiência em processamento e derivados da cana-de-açúcar.

O técnico realizou, nesta terça e quarta-feira (11 e12), visitas técnicas em propriedades rurais que cultivam a cana-de-açúcar e em alambiques da região, acompanhado do chefe do Escritório da EBDA de Coaraci, Joel Benigno Pimenta.

A qualidade da cachaça produzida na região, o aproveitamento dos subprodutos da cana-de-açúcar para a alimentação animal e formação de composto orgânico, além da adubação de canavial, foram alguns dos assuntos discutidos com os agricultores familiares visitados.

O técnico conheceu também a produção de cachaça realizada na fazenda São Pedro, no município de Almadina, pela Associação de Parceleiros Rurais da Região de Cruzinha, que há cinco anos começou a trabalhar com esse co-produto, e hoje o tem como principal fonte de renda.

Uma das orientações fornecidas pelo técnico Nelson Pereira foi com relação ao ajuste da moenda – equipamento utilizado para moer a cana-de-açúcar. Segundo ele, os produtores perdem muita calda e isso pode ser observando na grande umidade do bagaço da cana.

Os agricultores foram aconselhados, ainda, a ocuparem melhor o tempo, com a exploração de outros co-produtos, como rapadura e melaço, e não só com a cachaça, como acontece atualmente. “A produção da cachaça deve ser feita de forma programada e na época adequada. É possível armazená-la e comercializar durante todo o ano”, disse o técnico Pereira.

Os técnicos da EBDA que prestam assistência técnica e extensão rural (Ater) nesta região desenvolverão, com os agricultores familiares, a partir das orientações fornecidas, um trabalho para se obter uma variedade de cana com características ideais para a produção da cachaça. “Começaremos os experimentos com os exemplares existentes nas propriedades da região, com o objetivo de melhorar o teor de açúcar, torná-los mais resistentes a acamamento (tombamento) e a doenças, e melhorar a produtividade da cana-de-açúcar na região”, disse o técnico Joel Pimenta.

EBDA/Assimp

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