sexta-feira, 28 de outubro de 2011

País deve pedir no G20 rapidez contra crise

O Brasil deve pedir rapidez na aprovação de um acordo para salvar a Europa da crise, durante a reunião de líderes do G20 – grupo das principais economias mundiais, que terá a participação da presidenta Dilma Rousseff. A informação é do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que também participará do evento. A reunião de cúpula será realizada em Cannes, na França, na próxima semana (dias 3 e 4 de novembro).

O ministro afirmou, nesta semana, que a solução da dívida pública nos países da Europa só será viável se as medidas forem implementadas a tempo de impedir que a crise econômica no continente contamine o resto do mundo. E pediu agilidade para que os parlamentos dos países da zona do euro aprovem o acordo o mais rapidamente possível.

“O que me preocupa é o tempo. Será que os países terão tempo para implementar as medidas sem que haja deterioração do cenário internacional?”, declarou Mantega, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. “Várias medidas estão anunciadas para janeiro do próximo ano. Não sei se haverá tanto tempo até lá.”

A aceitação pelos bancos privados da diminuição de 50% da dívida pública da Grécia, acrescentou o ministro, representa outro ponto de preocupação para a superação da crise econômica europeia. “Ainda não está claro se os bancos privados vão aceitar a proposta [de abrir mão de metade da dívida do governo grego], porque a redução é voluntária”, comentou o ministro.

Embora tenha ressaltado que a maioria dos pontos do acordo ainda precisará ser definida antes da reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), no início de novembro na França, o ministro elogiou os mecanismos propostos.

Para Mantega, o programa de US$ 7 bilhões e 130 bilhões de euros é uma boa iniciativa, assim como o reforço do fundo de estabilização com garantias que podem alavancar [multiplicar] os recursos em até cinco vezes e fazer o valor chegar a 1 trilhão de euros.

O ministro também considerou positivas as medidas para melhorar a administração e a transparência das instituições financeiras europeias. No entanto, cobrou maior clareza em outras ações anunciadas, como as ferramentas que permitirão a atuação plena das autoridades europeias para controlar a inflação. “Não sei se Banco Central Europeu de fato terá o grau de manobra de que precisa para enfrentar as dificuldades econômicas”, advertiu.


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