sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MEC confirma que 14 questões do Enem foram copiadas do pré-teste aplicado em 2010

O Ministério da Educação (MEC) confirmou nesta quinta-feira (27) que 14 questões que estavam em apostila distribuída a alunos do Colégio Christus de Fortaleza foram copiadas de dois dos 32 cadernos de pré-teste do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) aplicado no ano passado na mesma escola. As mesmas questões foram cobradas na prova do Enem aplicada nos dias 22 e 23 de outubro. Os candidatos da instituição terão que refazer a prova por determinação do MEC.

Segundo dados levantados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), 91 estudantes da instituição participaram, em outubro de 2010, da fase de pré-teste do Enem. O pré-teste dos itens é feito pelo Inep para avaliar se as questões em análise são válidas e qual é o grau de dificuldade. Depois de aprovadas, elas são incluídas em um banco de itens utilizado para montar a prova. De acordo com o MEC, nenhum dos cadernos aplicados aos alunos do Christus foi extraviado, mas os técnicos do Inep constataram que as questões contidas nas apostilas são cópias do material aplicado em 2010. O MEC, entretanto, ainda não esclareceu como o material foi copiado.

“Constatou-se, portanto, que as questões não são de domínio público, nem muito menos que as questões do pré-teste tenham sido memorizadas pelos estudantes”, disse o ministério por meio de nota. As escolas que vão participar do pré-teste do Enem são escolhidas por sorteio. Segundo o MEC, os alunos foram informados apenas de que se tratava de um pré-teste para o Banco Nacional de Itens do Inep, que auxiliaria nas avaliações aplicadas pelo órgão.

De acordo com o ministério, as denúncias de que alunos tinham recebido apostilas com questões idênticas as que foram cobradas na prova do Enem chegaram por meio das redes sociais e também pelo serviço de 0800 da pasta. Há relatos de que os alunos do Christus receberam orientação dos professores de que não deveriam compartilhar o material com candidatos de outras escolas. A Polícia Federal no Ceará investiga o caso.

Em nota, o colégio informou que vai recorrer da decisão do ministério de cancelar a prova dos alunos do Christus e nega que tenha praticado qualquer ato ilegal. Para o colégio, a solução mais justa é anular as questões que vazaram.

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