Para Abel Braga, o jogo do Fluminense contra o América-MG trouxe pouco de positivo, mas ele destacou um fator que pode ficar como inspiração para as próximas partidas: a Torcida Tricolor. O técnico ressaltou que a postura dos torcedores é soberana, analisou diversos pontos desse confronto com os mineiros e o momento do Brasileirão.
Adversário foi melhor: “Nos 45 minutos iniciais, não conseguimos mostrar nada bomem campo. Jogando em casa, tivemos apenas uma chance de gol, no 1º tempo. O América marcou o gol, perdeu o pênalti e ainda dois ou três outros gols. Não temos o que reclamar porque o América foi melhor. Tentamos sufocá-los, mas sem eficiência. Eles tocaram a bola e fizeram dois a zero. Foi uma coisa que ninguém esperava porque, depois daquela atuação fora de casa, contra o Inter, estávamos nos sentindo fortes. Jogamos mal, mas não houve soberba. O time se doou, mas houve muito mais transpiração do que inspiração.”
Gangorra do Brasileirão: “Fizemos o possível. No intervalo, se pudesse, eu trocaria até quatro. Dois zagueiros do América receberam amarelo no 1º tempo e não conseguimos fazer uma jogada aguda que forçasse a expulsão. O adversário marcou bem, saiu a bola sempre com balão e dificultou a nossas ações. Nossos jogadores se esforçaram, mas acabamos de ser mais um exemplo de time que, na hora de assumir a liderança, acaba falhando. Vamos corrigir e continuar o trabalho pelas vitórias. Este é um campeonato atípico, Fluminense, Vasco e Botafogo já tiveram chances de assumir ou abrir vantagem na ponta e não conseguiram. O São Paulo também passou por situação semelhante.”
Força psicológica: “Houve um nervosismo inicial, normal. Mesmo assim, pressionamos a saída de bola deles, mas não conseguimos jogar. Corremos muito, mas nem sempre de forma correta. Nosso time não sente pressão. Chegamos até aqui passando por cima de situações que exigiram extrema força psicológica. O resultado contra o América não veio porque não conseguimos superar dificuldades de jogo, de campo.”
Engenhão lotado: “É lógico que lamentamos o resultado pelo que a nossa torcida fez: uma festa bonita, enchendo o estádio. Compareceu, incentivou. Não podemos reclamar. A torcida e suas reações são soberanas. Quando fizemos o gol, diminuindo a placar, eles empurraram o máximo, mas não tivemos força para vencer.”
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