O governador do Distrito Federal é suspeito de ter se beneficiado de fraude quando era ministro do Esporte e seu nome foi envolvido em denúncia sobre pagamento de propina quando era diretor da Anvisa
O PSDB e o DEM entraram nesta quarta-feira (9) na Câmara Legislativa do Distrito Federal com pedidos de impeachment do governador Agnelo Queiroz (PT). A solicitação ocorre um dia depois de dois vídeos contraditórios terem vindo à tona. Em um deles, o lobista Daniel Almeida Tavares diz que pagou propina a Agnelo, em 2008, quando o governador era diretor da Agência de Vigilância Sanitária. Em outro, Tavares afirma que é amigo de Agnelo e que os R$ 5 mil depositados por ele na conta do governador são um empréstimo pessoal – como afirmou também Agnelo.
Além dos pedidos do PSDB e do DEM, há mais três solicitações pelo impeachement do governador do DF: um do presidente regional do DEM, Alberto Fraga; outro do presidente regional em exercício do PSDB, Raimundo Ribeiro; e mais um, do advogado Rogério Pereira. Os cinco pedidos serão analisados pela Procuradoria da Câmara Legislativa, que vai verificar se cumprem os requisitos jurídicos para seguir em tramitação. “O esclarecimento das denúncias é necessário. Se elas forem falsas, Agnelo corre riscos. Se forem verdadeiras, quem corre riscos é o povo de Brasília”, disse Ribeiro em nota divulgada pelo PSDB.
Além da denúncia do período de Agnelo na Anvisa, reportagens de ÉPOCA revelaram que investigações envolvem o nome do governador em suspeitas de desvio de recursos do Ministério do Esporte. Agnelo é acusado de receber dinheiro desviado do Esporte para uma organização não governamental. Além disso, investigação policial mostra que o governador ajudou o o policial militar e ongueiro João Dias a montar uma farsa na defesa de um processo sobre desvios de R$ 2 milhões. Agnelo nega a proximidade com Dias, mas foi desmentido pelo conteúdo de gravações telefônicas.
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