
Isso porque a falta de novos reajustes no preço dos combustíveis, defasado em relação ao mercado internacional, deixa como único recurso à empresa vender ativos para compensar o prejuízo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (21).
“A Petrobras está trocando investimento por custo, é uma situação absurda. Em vez de gerar receita com venda de combustíveis, gera receita com venda de ativos”, disse Pires à publicação.
Pelas contas do economista, a Petrobras tem perdido até R$ 700 milhões por mês pela importação de diesel e gasolina a preços internacionais, já que os combustíveis são revendidos no mercado interno por cerca de 30% a menos. Ele avalia ainda que o atual nível inflacionário do país pesa contra a decisão de reajustar os preços.
Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), titular da comissão de Minas e Energia da Câmara, o prejuízo é mais um capítulo do desmonte da Petrobras patrocinado pela presidente petista Dilma Rousseff.
“Ela, que já foi ministra de Minas e Energia durante o governo Lula, se mostra completamente omissa quanto às questões energéticas. Patrocinou um verdadeiro crime contra o patrimônio do Brasil. A verdade é que a Petrobras vem sendo dilapidada por administrações desastrosas dos petistas. Esse é só mais um triste episódio”, avaliou.
Segundo Adriano Pires, sem os reajustes a estatal seria obrigada a se desfazer de ativos que incluem valiosas participações em campos de petróleo, como foi feito com campos da África e do Golfo do México, nos Estados Unidos, já que recursos como a redução de tributos e o aumento do percentual de álcool na gasolina já foram utilizados ou estão no limite.
“Ter que escolher entre aumentar os preços ou acabar com próprio patrimônio é uma escolha de Sofia”, opina o tucano Rodrigo de Castro. “Qualquer uma delas é uma alternativa ruim”.
E completa: “Tenho certeza que se a empresa estivesse bem administrada, não estaríamos nessa situação”.
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