segunda-feira, 18 de abril de 2011

Homens têm fumado menos e mulheres têm bebido mais, indica Ministério da Saúde

O tabagismo caiu no país nos últimos 5 anos, especialmente entre os homens. Já o consumo abusivo de bebidas alcoólicas aumentou entre as mulheres. Os dados são da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel Brasil 2010).

A pesquisa indica que cerca de 15,1% dos brasileiros são fumantes, enquanto 22% já deixaram o vício. Os homens são os que mais fumam, mas também são os que mais têm deixado o vício e têm diminuído a quantidade de cigarros consumidos. De 20,2% em 2006, o número caiu para 17,9%, em 2010. Os mais velhos, que já fumaram mais de 20 anos, são os que mais têm parado de fumar.

“A diminuição é mais lenta entre os menos instruídos. A carga das doenças não transmissíveis diminui mais lentamente ou aumenta naqueles que têm menos estudo. Um em cada cinco fuma nas classes mais baixas”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Segundo ele, os mais velhos estão largando o tabagismo, enquanto os jovens começam a fumar, devido a sabores e cores que chamam a atenção dos adolescentes. "Assim o benefício é anulado". Entre as mulheres, o índice continua estável em 12,7% no período.

Por outro lado, as mulheres têm abusado mais do consumo do álcool. 18% dos entrevistados disse ter consumido 5 doses para os homens, ou 4 para as mulheres, em única vez no último mês.

Dentre elas, houve um crescimento chegando a 10,6% em 2010, apesar de os homens ainda abusarem com mais frequência do álcool (26,8%). Os maiores índices foram encontrados em Recife, Salvador e Aracaju.

A pesquisa visa medir a prevalência de fatores de risco para infarto, diabetes, doenças respiratórias, responsáveis por mais de 64% das mortes no país.

O levantamento, realizado anualmente desde 2006, apresenta dados sobre a saúde do brasileiro, a partir de indicadores como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, sobrepeso e obesidade, alimentação e sedentarismo. É ouvida a população adulta com mais de 18 anos, nas 26 capitais e no Distrito Federal. Neste ano, foram entrevistados 54.339 adultos.

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