Os agricultores familiares dos bairros João Paulo II e Pau Preto, que plantaram legumes e hortaliças de forma comunitária já estão colhendo os frutos da atividade. A produção de alface, coentro, cebolinha, rúcula, pimentão, espinafre, couve-flor dessas hortas são comercializadas em feiras livres de Juazeiro, a ação faz parte do projeto de fomento da agricultura familiar da Secretaria da Agricultura (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em parceria com a Prefeitura Municipal de Juazeiro.
No primeiro semestre a EBDA realizou dias de campo nessas localidades, assim como atividades de assistência técnica e extensão rural (Ater) em comunidades dos 10 municípios que compõem o Território do Sertão do São Francisco, o que gerou uma produção, a priori, de consumo interno. Com a ratificação das hortas, os agricultores familiares decidiram aumentar a produção e comercializar o excedente. É o caso do agricultor Bartolomeu Dias (54), que teve um acréscimo de 20% em sua renda familiar somente com a venda desses produtos.
“Com as dicas da EBDA aprendi a plantar, juntamente com todos da minha comunidade. Hoje tenho a minha própria horta e com a venda das hortaliças pude juntar um dinheirinho e comprar uma televisão de LCD. Ganho, em média, R$ 600,00 fazendo frete e com a produção da horta consigo aumentar até R$ 200,00 por semana na minha renda. Minha família cuida da horta e eu vendo nas feiras livres”, afirmou o agricultor.
Para Edmundo Ribeiro, engenheiro agrônomo da empresa, a horta tem um papel fundamental nas comunidades, pois servem como fonte de alimentos saudáveis e de renda para as famílias do território. A EBDA fornece os insumos da horta, que é manejada com técnicas agroecológicas. “Quanto ao lucro, toda a comunidade é beneficiada, principalmente, com qualidade de vida através de uma boa alimentação, a comercialização do excedente e os recursos arrecadados são revertidos para a própria comunidade”, esclareceu Ribeiro.
Segundo Osvaldo Lopes, gerente regional da EBDA em Juazeiro, o objetivo deste trabalho é ratificar as hortas comunitárias no território do Sertão do São Francisco, onde elas devem produzir hortaliças com qualidade e em quantidade. Faz parte das ações de Ater: cursos sobre melhoramento do solo com adubação orgânica, utilização racional da água, construção de canteiros, e compostagem.
A expectativa é incluir esses produtos na merenda escolar estadual e municipal, através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), já que existe uma determinação governamental assegurando que 30% da merenda escolar seja adquirida de agricultores familiares. “O ganho é geral com esse processo: o estado e os municípios fomentando a agricultura local, os agricultores remunerados com preços justos, e as crianças, que passam a consumir produtos de boa qualidade, sem agrotóxicos”, completou Lopes.
EBDA/Assimp -
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