Secretário Eduardo Salles participou da abertura do encontro, que reúne agentes de defesa sanitária e pesquisadores do Huanglongbing (HLB)
O secretário estadual da Agricultura, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, participou na manhã desta terça-feira (27), no auditório da Seagri, da abertura do Encontro Huanglongbing (HLB): Ameaça Iminente à Citricultura do Nordeste Brasileiro, doença grave que já afeta a produção das plantas cítricas em São Paulo, triângulo mineiro, e norte do Paraná.
O evento, que acontece até amanhã (28), é promovido pela Embrapa Mandioca e Fruticultura, de Cruz das Almas, em parceria com a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA).
Eduardo Salles destacou a importância da parceria entre o governo do Estado, governo federal e produtores no estabelecimento de ações preventivas e no controle das fronteiras para impedir a instalação do HLB, que pode, inclusive, dizimar a cultura dos citros. “Acredito na fiscalização de nossos agentes de defesa sanitária, mas se a doença chegar ao Estado estaremos preparados com as armas adequadas para combatê-la”, afirmou.
O secretário destacou, ainda, a importância da citricultura para a Bahia, que é o segundo maior produtor do Brasil, logo depois de São Paulo. “A citricultura na Bahia é composta por agricultores familiares e prioridade do governo”, salientou o secretário da Agricultura.
O evento tem como um de seus objetivos reunir pesquisadores e agentes de defesa vegetal da Bahia e do Nordeste, Norte e Centro-Oeste, regiões onde o HLB – anteriormente chamado de greening, a mais severa doença da citricultura em todo o mundo -, ainda não foi detectado.
“No seminário, estamos trazendo informações atualizadas sobre a incidência do Huanglongbing (HLB) dos citros e das medidas de prevenção e controle da doença, causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp. A doença chegou a São Paulo em 2004 e se disseminou muito rapidamente. O inseto (vetor) que transmite a doença existe em todas as áreas citrícolas do Brasil, o que não existia era a bactéria”, explica Domingo Haroldo Reinhardt, chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Segundo ele, 8 milhões de plantas já foram infectadas e erradicadas - cerca de 4% da citricultura paulista – em São Paulo.
“Nossa grande preocupação é fazer tudo para que a doença não chegue ao Nordeste brasileiro. Os técnicos do Ministério da Agricultura e da ADAB estão bem preparados na identificação do HLB e trabalham para evitar a entrada de plantas e mudas das regiões contaminadas - São Paulo, triângulo mineiro e norte do Paraná”, diz Reinhardt. Ele complementa dizendo que estão sendo acertadas parcerias para o desenvolvimento de pesquisas, métodos de diagnósticos, e monitoramento e controle da doença.
Já o diretor da Adab, Armando Sá, destacou a presença no seminário de fiscais de todo o Estado e as ações da Bahia contra a doença. “Instituímos um grupo de defesa sanitária para desenvolver um plano de controle e contingenciamento do HLB”, destacou Sá.
Tania Santivañez, oficial de proteção vegetal para a América Latina e Caribe da FAO – organização das Nações Unidas para a alimentação -, destacou que o HLB é a mais devastadora doença que ataca os citros e que a FAO trabalha de maneira coordenada com cada um dos países da América Latina e mantém um projeto de controle que se estende do México à Patagônia.
Já Cósam de Carvalho Coutinho, diretor de sanidade vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura, demonstra a preocupação do ministério com a doença. “Em julho realizamos um encontro no Chile – patrocinado pela FAO. O Comitê de Sanidade Vegetal do Mercosul está em vias de aprovar o Programa de Controle do HLB no Mercosul, entidade que reúne 7 países da região. De 2004 até agora cerca de 2,7 milhões de plantas cítricas foram erradicadas no estado de São Paulo. Por isso, a preocupação do mundo inteiro em conter o avanço ou controlar o HLB”, diz Coutinho. Participaram ainda do evento, Eduardo Girardi, pequisador da Embrapa e coordenador do seminário, Maria Delian Sodré, Superintendente Federal de Agricultura na Bahia do Ministério da Agricultura, e Nilton Caldas, coordenador das ações em citricultura da EBDA.
Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri)Assessoria de Imprensa
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