O Ministério da Agricultura divulgou nota técnica listando as ações imediatas que estão sendo adotadas contra febre aftosa desde 19 de setembro, quando o Paraguai notificou à Organização Mundial da Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) sobre um foco da doença em bovinos no seu território.
A primeira medida do governo brasileiro foi proibir a entrada de animais suscetíveis à febre aftosa e seus produtos em todo País. Paralelamente, os estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram orientados a reforçar as atividades de fiscalização e vigilâncias nas fronteiras internacionais, para impedir a reintrodução do vírus e possibilitar a detecção precoce de qualquer sinal clínico da doença.
Também foram definidas ações como a declaração de alerta sanitário nos quatro estados e a realização de inspeções técnicas às propriedades localizadas nos municípios de fronteira e classificados como de maior risco. Ainda foi emitido alerta às Comissões Municipais de Saúde Animal (Comusas) e adotadas medidas de controle e desinfecção de veículos nos postos implantados na divisa com o Paraguai.
Outra iniciativa de reforço para evitar qualquer ameaça é a atuação em conjunto dos serviços veterinários estaduais com os militares que participam da Operação Ágata 2. Inicialmente programada para combater a criminalidade nas fronteiras do País, a operação foi prorrogada a pedido do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e auxilia nas medidas emergenciais de vigilância sanitária animal na região.
No Mato Grosso do Sul, estado com a maior extensão de fronteira seca com o Paraguai, estão lotados cerca de dois mil militares, além da estrutura permanente instalada na área, considerada Zona de Alta Vigilância (ZAV). Ao mesmo tempo, foram ampliadas as ações de fiscalização volante e fixa na divisa internacional. Neste momento, 12 equipes do Serviço Veterinário Estadual de Mato Grosso do Sul (Iagro), quatro grupos do exército e cinco equipes do Grupo de Operações da Fronteira (GOF) se deslocam pela área. Nos 14 postos fixos existentes na faixa de fronteira com o país vizinho, a vigilância também foi intensificada.
O Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, em conjunto com as autoridades veterinárias de Mato Grosso do Sul, está analisando a possibilidade de antecipar a campanha de vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira para outubro. Pelo calendário oficial, a imunização só ocorreria a partir de novembro.
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