segunda-feira, 19 de julho de 2010

PT e PMDB já disputam a maior bancada no Congresso em 2011

PT e PMDB iniciaram uma disputa particular pela eleição da maior bancada no Congresso em 2011. Aliados na corrida presidencial, os dois partidos avaliam que o vencedor do duelo larga na frente na briga pelo comando da Câmara e do Senado na nova legislatura.
O PMDB sai em vantagem na Câmara. A aposta do partido é ampliar sua representação de 89 para 105 deputados. Já o PT, pela grande quantidade de alianças nos Estados, pode não conseguir expandir sua bancada eleita de 83 parlamentares.
Eleger grandes bancadas na Câmara é essencial para os partidos. Além de mais cargos no Legislativo e no governo, a proporção de deputados eleitos define o tempo de TV e a partilha do fundo partidário. Por isso todos projetam crescimento.
Como a Casa só tem 513 cadeiras, seriam necessárias ao menos mais 130 para abarcar as melhores expectativas.
Já no Senado, a situação PT-PMDB se inverte. Nesta eleição, 54 dos 81 senadores têm que renovar mandatos. O PMDB tem tarefa mais difícil: dos 18 senadores, 3 têm mandato até 2014. No PT, que possui nove, três também estão garantidos.
Como os dois partidos têm número equivalente de candidatos com chances de vitória em outubro, é provável que fiquem com bancadas semelhantes em 2011.
Como apoiam Dilma, ambos trabalham com o cenário de vitória da ex-ministra. Caso vença José Serra (PSDB), cujo partido não deve crescer em relação aos 66 deputados e 14 senadores eleitos, os congressistas acreditam que o jogo volta à estaca zero.
Em 2007, quando o PMDB formalmente aliou-se ao PT, o acordo foi que os partidos se revezassem na presidência da Câmara.
O PT ganhou o primeiro biênio e o PMDB, o segundo. Parte do PT reivindicou o mesmo acordo para o Senado, mas peemedebistas absorveram as duas presidências no segundo biênio sob o argumento de que o "acerto se restringia à Câmara".
Para manter-se à frente da Câmara, o PMDB já começou a articular com outros partidos. Num almoço em desagravo à bancada dilmista do PTB (coligado formalmente a Serra), peemedebistas procuraram líderes de outros partidos já oferecendo cargos na Mesa Diretora.
O acordo com o PT deve ser mantido, mas com o PMDB iniciando a gestão. O favorito é o líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN). No PT, o líder do governo, Cândido Vacarrezza (SP), é tido como o mais forte.
Já no Senado, o PMDB se apoia no fato do atual presidente da Casa, José Sarney (AP), poder ser reeleito. E o PT aguarda a consolidação do quadro eleitoral.

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