sábado, 10 de dezembro de 2011

Eleitores votam por divisão do Pará neste domingo

Plebiscito vai consultar moradores do Estado sobre a criação ou não de dois novos territórios; decisão final, no entanto, depende de votação no Congresso


A proposta de divisão do Pará em três Estados vai levar 4,8 milhões de eleitores às urnas neste domingo, 11. O plebiscito vai consultar se a população local quer ou não a criação dos Estados de Tapajós e Carajás.


A votação será realizadas das 8h às 17h e todo eleitor paraense tem de votar ou justificar ausência. Segundo informações do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE), a expectativa é de que a contagem seja concluída por volta de 22h. O resultado da consulta, no entanto, não encerra a discussão da proposta. Caso a criação de um ou dos dois novos Estados seja aprovada, o projeto irá irá passar pelo Congresso e, eventualmente, pela sanção da presidente Dilma Rousseff. Se o "não" vencer, o processo é interrompido.

O eleitor terá de responder a duas perguntas: "você é a favor da divisão do Pará para a criação do Estado de Tapajós?" e, na sequência, "você é a favor da divisão do Pará para a criação do Estado de Carajás?". É possível votar "sim" por um Estado e "não" por outro. Ou seja, é possível que o resultado seja a divisão do Pará em dois Estados (Pará e Carajás ou Pará e Tapajós), em três (Pará, Tapajós e Carajás) ou continuar como está.

A divisão sugerida pela proposta deixa o Pará a 17% do seu território atual e 77, dos atuais 143 municípios. Tapajós ficaria com 58% da área e 27 cidades, e Carajás, com 25% e 39 municípios.

Os contrários ao desmembramento alegam que a divisão trará aumento nos gastos, pois órgãos e empregos públicos terão de ser criados para os novos Estados. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indicou que o custo anual com os dois novos Estados seria de cerca de R$ 2 bilhões.

Os favoráveis defendem que o Pará é muito grande e a formação de Carajás e Tapajós levará desenvolvimento para locais distantes da capital, Belém. Os separatistas dizem que suas regiões recebem poucos investimentos do governo estadual.

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