Rio de Janeiro, 6 fev (EFE).- A Fifa admitiu nesta quinta-feira que a Copa do Mundo deste ano, no Brasil, pode não ser a mais 'verde', apesar de a entidade garantir ter implementado a estratégia de sustentabilidade mais intensa da história deste campeonato.

Na África do Sul, depois do torneio, o cálculo de emissões foi reduzido para 1,6 milhão de toneladas de CO2, por ter havido menos espectadores que o esperado.
Addiechi disse que a Fifa não pode comentar a precisão dos cálculos do último Mundial porque eles foram realizados pelo governo sul-africano, sem que a entidade tivesse acesso. O dirigente garantiu que, no Brasil, da mesma forma que no Mundial feminino da Alemanha, em 2011, as previsões são 'precisas', porque 'a Fifa e o Comitê Organizador Local (COL) têm acesso aos dados'.
No caso do Brasil, cerca de 80% das emissões correspondem às longos viagens de avião, que serão necessários por causa da distância entre as subsedes, embora, segundo o diretor, esse número seja compensado pelo fato de que a matriz energética do Brasil é 'mais limpa' que a da África do Sul - cerca de metade da energia consumida no Brasil é renovável, e por volta de 80% da energia elétrica é produzida em centrais hidrelétricas.
A Copa do Mundo do Brasil é a primeira da história na qual a Fifa e o COL decidiram implantar uma estratégia conjunta de sustentabilidade.
'Esta é a primeira estratégia de sustentabilidade. Não é perfeita, mas sim ampla. Fazer estas coisas sempre é difícil, e sempre se gostaria de fazer mais, mas é a estratégia mais intensa que já foi feita. Já é muito melhor do que fizemos no passado', comentou Addiechi.
Também pela primeira vez os organizadores se comprometeram de forma voluntária a fazer com que os 12 estádios que receberão partidas do Mundial tenham certificados de sustentabilidade LEED.
Para conseguir esses certificados, foram reaproveitados materiais retirados da reforma dos estádios e tomadas medidas de economia de energia e de água, como a instalação de placas solares fotovoltaicas e sistemas de captação de chuva.
A partir da Copa de 2018, na Rússia, estes certificados de sustentabilidade serão um requisito para os estádios, e a Fifa também tornará obrigatórios outros elementos 'verdes'.
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