sábado, 25 de fevereiro de 2012

Após treino sem contrato, Palmeiras teme que Wesley vire novo Valdivia por causa do alto custo


A cena inusitada aconteceu no CT do Palmeiras na sexta-feira. Dirigentes ficaram surpresos com a presença de Wesley, já metido em uniforme de treino. Perguntaram a ele se sua contratação estava finalmente concretizada. “Não sei, mas me mandaram vir treinar, eu vim”, respondeu o volante.

Nem o gerente César Sampaio explicou direito a quem perguntava sobre o assunto. Disse apenas que recebeu ordem para levar o jogador ao CT. O caso gerou mal-estar no Palmeiras porque, apesar de faltarem apenas detalhes para a contratação, o presidente Arnaldo Tirone ainda mostrava insegurança em relação ao negócio.

O dirigente não admite publicamente, mas teme ver Wesley se transformar num caso igual ao de Valdivia, que foi contrato sem o dinheiro garantido para pagar a carta de crédito usada na operação. Na contratação de Wesley, o Palmeiras também ganhou um prazo para pagar 4 milhões de euros referentes a uma carta de crédito (outros dois milhões de euros foram conseguidos com um investidor). O medo agora é o de conviver com uma faca no pescoço até o dia do pagamento. E que falte grana, como ocorreu no caso do chileno.

A presença do volante no CT antes de assinar contrato foi interpretada por integrantes da diretoria como uma forma de a direção de futebol de evitar que Tirone desistisse do negócio no último minuto. Com o atleta já treinando, seria constrangedor voltar atrás.

Desafetos do gerente César Sampaio, que não foi localizado pelo blog, usam o episódio para criticá-lo. Afirmam que ele já tinha falhado quando permitiu que Barcos treinasse sem contrato e que repetiu a dose agora. Virou alvo de piada. Cartolas insatisfeitos com ele afirmam que o ex-volante inaugurou uma nova era no futebol: primeiro apresenta o jogador, depois assina contrato. ( Blog do Perrone )

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