quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Anúncio de greve da PM pode ter motivação política


O estado de greve deflagrado ontem pela Associação dos Policiais, Bombeiros e de seus Familiares do Estado (Aspra), pode ter motivação política. Em entrevista à Rádio Tudo FM, o coronel Carlos Eleutério, subcomandante da Polícia Militar, cogitou a possibilidade por este ser um ano eleitoral. Segundo ele, a atitude de ocupar a Assembleia Legislativa e convocar os policiais a abandonarem os postos de trabalho para aderir ao movimento, “por si só já é político. Essa visibilidade é muito oportuna no caso de uma pessoa que passou por uma série de circunstâncias e quer voltar a ser policial militar”, declarou, se referindo ao presidente da Aspra, Marcos Prisco, que já foi candidato a deputado estadual e atualmente é cotado como pré-candidato a vereador de Salvador pelo PTC. Ele declarou ainda que a greve declagrada pela Aspra é uma “atitude muito irresponsável e não encontra consonância com outras entidades verdadeiramente representativas da categoria. A PM tem representantes, escolhidos pelos votos dos policiais. Uma associação que não percorreu esse caminho e tem um presidente que não é policial não pode ter credibilidade e nem ser representativa”, afirmou durante a entrevista. O comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, disse que o estado de greve não é reconhecido na corporação, e garantiu “normalidade” nos serviços policiais. Hoje pela manhã, em entrevista à Record Bahia o coronel comparou a atitude da Aspra a um “atentado terrorista”. Segundo ele, “existem policiais na rua, que vão continuar atuando. Temos um compromisso maior com a população”. o comandante também assegurou a presença de 1.114 policiais na Festa de Iemanjá nesta quinta. Líderes da Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia, da Associação de Sargentos e Subtenentes do Estado da Bahia e da Associação de Policiais Militares da Bahia (APPM) não cogitam paralisação. Prisco foi expulso da PM em 2002, por ser um dos responsáveis pela greve dos policiais em 2001, e até hoje não foi reintegrado. As entidades não o consideram um líder de associação. (Emerson Nunes / Thiago Ferreira)

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