Aumentou para 11 o número de mortos no acidente ocorrido no último dia 15, na BR-101, no Extremo Sul da Bahia. A morte do aposentado Belmiro de Bertolli, 82 anos, foi confirmada. A mulher dele, Maria Isabel Marques de Bertolli, 78 anos, também morreu no acidente. O casal morava em Vitória, no Espírito Santo, e viajava para visitar os filhos na cidade de Prado, na Bahia.
O ônibus interestadual da empresa Águia Branca não conseguiu realizar uma curva, capotando várias vezes. Depois de capotar, o ônibus caiu de uma ribanceira no quilômetro 896 da rodovia. O veículo havia saído de Vitória e seguia para a cidade de Itamaraju. Além do motorista, Maurício de Souza, 34 anos, outros oito passageiros morreram no local, sendo seis mulheres e dois homens. A décima pessoa morreu em um hospital.
As causas do acidente ainda são desconhecidas. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o trecho, conhecido como Curva da Tarifa, é um dos mais perigosos da região. “São duas curvas juntas, em formato de S. É comum ter acidentes”, explicou o agente da PRF Demuner, do Posto de Teixeira de Freitas.
“Não sabemos o motivo, mas a madrugada teve nevoeiro, que é comum nessa época do ano”. Ainda assim, o agente afirmou que há duas placas que indicam a curva em cada sentido da via.
Porém, a suspeita não foi considerada pelo perito criminal Bruno Mello, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas. “A neblina teria atrapalhado se o ônibus estivesse em uma velocidade alta, mas, pela velocidade que estava, dava para o motorista desviar ainda que não tivesse enxergado a placa”, explicou.
A perícia do DPT constatou que o ônibus estava a 80 km/h, enquanto a velocidade máxima permitida na pista é de 90 km/h. Para o perito, é possível que o motorista tenha perdido a atenção. “Acredito que ele tenha dormido ou passado mal. Mas nós só vamos concluir o que houve quando chegarem as imagens”, disse, referindo-se às imagens do sistema de telemetria e GPS do ônibus.
A perícia constatou também que o ônibus não deixou marcas de freio na pista. “Não tem marca de frenagem. Não há indício de que o motorista tenha tentado frear”.
Através da assessoria, a Viação Águia Branca informou que descarta inicialmente a possibilidade de o motorista ter dormido ao volante. Em nota, a empresa declarou que ele “passou pelo teste de vigília e bafômetro, antes de sair com o ônibus da garagem da empresa, às 22h10”. A Viação Águia Branca lamentou o ocorrido e afirmou que está prestando assistência aos familiares e às vítimas internadas. (Fonte Correio)
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