sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Em assembleia, PMs da Bahia decidem manter greve


Janaina Garcia (UOL, em Salvador)


Em uma segunda assembleia realizada nesta sexta-feira (10), policiais grevistas da Bahia decidiram pela manutenção da greve iniciada no último dia 31 de janeiro. Segundo os organizadores, cerca de 2.000 PMs participaram da reunião realizada a portas fechadas no ginásio de esportes do Sindicato de Bancários, no centro de Salvador. Porém, segundo apurou a reportagem do UOL, havia cerca de 200 policiais na assembleia. Eles fecharam o local aos gritos de “a PM parou, o Carnaval acabou”.

Os policiais grevistas pedem a incorporação de gratificações ao salário e a concessão da anistia administrativa para os envolvidos na paralisação.

A proposta do governo é a mesma que vinha sendo defendida nos últimos dias, quando os grevistas ainda ocupavam o prédio do legislativo baiano e estavam cercados por mais de mil homens das forças federais de segurança.

Conforme o governo, o projeto estabelece que as duas gratificações de atividade policial (GAPs) serão pagas a partir do final desde ano. A GAP 4, que equivale a 18% dos salários-base, será paga de novembro deste ano a março do ano que vem. A GAP 5 fica para novembro de 2014 a março de 2015.

Atualmente, o salário inicial de um soldado na PM baiana é de R$ 2.173,87, com uma carga horária de 40 horas semanais. O último reajuste da GAP ocorreu em novembro de 2011 e teve uma variação média entre as patentes e graduações de 5,6%, segundo a assessoria da PM.

Com a reposição de 6,5%, retroativa a janeiro deste ano, o salário inicial de um soldado irá a R$ 2.326,96.

Ontem, na assembleia que oficializou a manutenção da greve, PMs de três associações insistiram que a categoria não abre mão de receber a GAP 4 este ano, ainda que escalonada, e a GAP 5 no começo de 2013. O Estado alega, porém, que só a GAP 4 impactaria em cerca de R$ 170 milhões no Orçamento deste ano, razão pela qual, sustenta que o escalonamento seria necessário.

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