O Brasil terá que destinar mais dinheiro para garantir a qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma das alternativas para a área é a parceria entre governo e setor privado. A opinião foi expressa pela presidenta Dilma Rousseff nesta sexta-feira (2), durante a entrega de novos leitos no Hospital da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Canoas (RS).
A partir de proposta municipal, o hospital da Ulbra passou a ter gestão público-privada, com oferta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) à população por meio do SUS. A ideia foi aprovada pela presidenta, que se colocou como parceira desse tipo de iniciativa, que, na opinião dela, deve ser replicada pelo País.
Dilma Rousseff lembrou que, com o ingresso de mais de 39 milhões de pessoas na classe média e o empenho do governo em retirar da miséria milhões de brasileiros que se encontram à margem dos serviços públicos, a pressão pela qualidade de serviços como educação e saúde aumentou. Para garantir a tríade ‘universalidade, gratuidade e qualidade’ na saúde pública, segundo ela, será preciso racionalizar os recursos existentes, aumentar o número de médicos e garantir maior cobertura na atenção básica.
Para ilustrar a necessidade por investimentos no setor, a presidenta disse que, no Brasil, a saúde pública gasta 2,5% a menos por pessoa que a saúde suplementar e privada; 42% a menos que a Argentina; e 24% a menos que o Chile. Para a presidenta, é engano dizer que o gasto brasileiro com a saúde seja suficiente.
Saúde Toda Hora
O Hospital da Ulbra recebeu nesta sexta 110 novos leitos, sendo 10 deles para assistência aos usuários do SUS na UTI. A iniciativa integra o programa Saúde Toda Hora, que organiza redes de atenção em todo País.
Outras mudanças anunciadas durante o evento foram a adesão do hospital à Rede Cegonha, programa que amplia o cuidado à gestante e ao bebê desde o planejamento familiar até os dois anos de idade da criança, e a criação de um Centro de Parto Normal.
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