A hipertensão arterial, o diabetes, o câncer, as doenças respiratórias, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o infarto estão na mira do Ministério da Saúde. Com o lançamento do Plano de Ações para Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), na última semana, a pasta pretende ampliar o acesso ao tratamento dessas doenças.
No rol das medidas já adotadas pelo ministério neste sentido está a oferta gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes nas farmácias populares, estabelecida desde fevereiro com o Saúde Não Tem Preço. Nesse período, 4,8 milhões de brasileiros foram beneficiados, retirando gratuitamente medicamentos em mais de 17.500 farmácias populares. São ofertados gratuitamente 11 medicamentos em 18 apresentações. O Saúde Não Tem Preço ampliou em 194% a oferta de tratamento para ambas as doenças em sete meses.
As doenças cardiovasculares -- causadas, entre outros fatores, pela hipertensão -- são responsáveis por 31% dos óbitos no Brasil. Já o diabetes mellitus é responsável por 5,2% das mortes. A hipertensão arterial é diagnosticada em cerca de 33 milhões de brasileiros. Destes, 80% – ou aproximadamente 22,6 milhões de hipertensos – são atendidos na rede pública de saúde. Entre os 7,5 milhões de diabéticos diagnosticados no País, seis milhões (80% do total) recebem assistência no Sistema Único de Saúde (SUS).
O aumento da prevalência de hipertensão e diabetes é atribuído à má alimentação, falta de atividade física e ao estresse. O envelhecimento da população também contribuiu com o aumento da prevalência dessas doenças. Fatores genéticos devem ser considerados.
No Brasil, as DCNT concentram 72% dos óbitos, o que representa mais de 742 mil mortes por ano. No mundo, estima-se que 63% das mortes ocorrem por DCNT, um terço delas em pessoas com menos de 60 anos de idade. São considerados óbitos prematuros por DCNT aqueles ocorridos em pessoas com menos de 60 anos.
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