terça-feira, 30 de agosto de 2011

Oposição admite candidatura única em 2012



Por Lílian Machado

Os líderes de oposição na Bahia, que até então pregavam que cada partido teria seu próprio candidato, voltaram atrás e já admitem uma única candidatura na capital baiana e nas principais cidades do interior. Representantes do PMDB, DEM e PSDB estão no centro dessa decisão e demonstram que já afunilaram a tendência de oferecer um programa que singularize a força do grupo na disputa do ano que vem.

Articuladores de seus partidos, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), o presidente do DEM, José Carlos Aleluia, e o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB) falam com naturalidade na possibilidade de marcharem unidos desde o primeiro turno do pleito que decidirá o próximo prefeito de Salvador. Além dos tucanos, democratas e peemedebistas, entram na discussão o PR e o PPS. Na conjuntura dos nomes, o martelo deve ser batido apenas no início do ano eleitoral. Entre os mais citados estão o próprio Imbassahy, ex-prefeito de Salvador por duas gestões, o deputado federal ACM Neto (DEM) e o também ex-prefeito e radialista Mário Kertész.

Segundo o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), o grande desafio já foi vencido, "que foi a tomada de conhecimento de que é preciso haver uma unidade, em torno de um projeto para a cidade". "Estamos trabalhando nessa direção (de lançar uma única candidatura). Vamos encarnar um projeto. Todo mundo terá maturidade para lançar um nome que possa aglutinar os vários setores da sociedade", afirmou.

A intensificação das conversas também foi confirmada por Imbassahy. "Estamos ampliando esse diálogo não apenas pensando em Salvador, mas também nas cidades do interior. Contamos também com o apoio do PR, questão que já foi tratada através da pessoa do senador César Borges, e com o PPS, em âmbito municipal com o vereador Joceval. Acho que lá pra fevereiro teremos uma definição", contou.

O presidente do DEM estadual, José Carlos Aleluia, deixou claro que essa estratégia será a principal para vencer o PT em Salvador. "Esse é um movimento que vem das ruas. As pessoas estão pedindo isso de nós porque veem que a cidade está abandonada. Estou investindo nisso e vale dizer que todos querem isso.

É um desejo que vem de todos os líderes dos partidos de oposição e que há muita sinceridade". Questionado sobre um nome que uniria os anseios dos oposicionistas, Aleluia ressaltou que: "Quando se quer chegar à união, não se pode impor nomes. Primeiro veremos os critérios", frisou.



Fonte: Jornal Tribuna da Bahia

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