segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Marta perde domínio na Fifa para japonesa e encerra ano ruim do futebol feminino




Uol Esportes


Dona de cinco troféus de melhor do mundo da Fifa, Marta perdeu a hegemonia nesta segunda-feira. Em festa de gala realizada na Suíça, a brasileira foi superada por Homare Sawa. A meio-campista conduziu o Japão ao surpreendente e inédito título da Copa do Mundo. O resultado fecha um ano ruim para o futebol feminino brasileiro.

Homare Sawa saiu do Mundial com o título de campeã e como a principal estrela. Ela recebeu o prêmio das mãos da cantora colombiana Shakira e confirmou tal status em Zurique com 28.51% dos votos. Marta ficou na segunda colocação com 17.28%. A norte-americana Abby Wambach também participava da disputa e garantiu a terceira posição (13.26%).

O fim do domínio de Marta na Fifa pode ser considerado resultado das frustrações da seleção nacional. Na Copa do Mundo disputada na Alemanha – competição decisiva para a eleição da jogadora japonesa –, o Brasil decepcionou mais uma vez e foi eliminado pelos Estados Unidos nas quartas de final.

Individualmente, Marta teve um bom desempenho. Ela foi artilheira do campeonato dos Estados Unidos, atuando pelo Western New York Flash, e entrou para a história como a maior artilheira da Copa do Mundo, com 14 gols marcados, dividindo a marca com a alemã Birgit Prinz.

Favorita no Pan-Americano de Guadalajara, mesmo sem Marta e mais sete jogadoras que participaram do último Mundial, a equipe também decepcionou. Em uma final dramática, o Brasil perdeu para o Canadá nos pênaltis por 4 a 3 e ficou com a medalha de prata no torneio.

Para completar, o Santos decidiu fechar as portas para o futebol feminino por não conseguir patrocínios para bancar a modalidade. O clube tinha projeto ambicioso para as meninas, mas decidiu cancelar as atividades. Marta fazia parte dos planos e viria ao Brasil por poucos meses para defender o time da Vila Belmiro.

Em entrevista nesta segunda-feira na Suíça, Marta lamentou o fim do time feminino do Santos e considerou a decisão dos dirigentes brasileiros como uma baixa inesperada.

"É frustrante, principalmente o que aconteceu com o Santos. O Santos é muito importante para mim, pelo tempo que passei lá. Não é positivo para a imagem do futebol feminino no país, para as jovens jogadoras, para o futuro delas", afirmou a atleta do Western New York Flash, dos Estados Unidos.

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