Graciliano Rocha (Folha, Salvador)
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), disse neste domingo que a greve dos policiais militares não afetou o Carnaval de Salvador.
A paralisação durou 12 dias e provocou uma onda de saques e mortes na capital. No auge da queda de braço entre governo e grevistas, os policiais adotaram como grito de guerra “ôôô, o Carnaval acabou”.
“Hotéis estão com taxa de ocupação normais. Perto do circuito, a ocupação é de 94%. Os trios e blocos estão cheios, há muito movimento, muita gente na rua. O clima geral está normal”, disse Wagner à Folha.
Segundo o governador, houve uma queda de 22% no número de ocorrências registradas pela polícia entre quinta e a manhã de hoje.
O governador petista havia anunciado a permanência das tropas federais no Estado durante o Carnaval. Hoje, o comandante da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, disse que os homens da Força Nacional de Segurança estão atuando somente no apoio às atividades dos cerca de 17 mil PMs que policiam Salvador.
Segundo ele, as tropas do Exército que foram mobilizadas não foram acionadas porque há normalidade na cidade. “A síndrome da paralisação aqui acabou”, disse o comandante.
Hoje à tarde, o camarote do governo baiano no Campo Grande, circuito mais tradicional do Carnaval soteropolitano, recebeu a visita do jogador do Santos Neymar.
O atacante ficou 10 minutos no local e foi tietado por Wagner e pelo governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), que passa o Carnaval na Bahia.
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