A atual defasagem de preços entre os derivados de petróleo no mercado externo e interno é insustentável, caso se revele duradoura, na opinião de José Sergio Gabrielli, que deixa a presidência da Petrobrás e será substituído amanhã por Maria das Graças Foster, ex-diretora de Gás e Energia da estatal. O Brasil mantém os preços dos derivados mais estáveis enquanto a cotação internacional acompanha as oscilações do petróleo. No momento, os preços estão bem mais caros no exterior. Embora essa política ajude a controlar a inflação, prejudica a Petrobrás, que tem de comprar derivados no exterior para abastecer o mercado interno. Gabrielli frisa que o problema “é conjuntural, e não permanente”, já que “vai ter que haver um reajuste em algum momento”. Em entrevista ao Estado na sexta-feira, último dia de trabalho antes de rumar para a Bahia para assumir uma secretaria estadual ainda indefinida, Gabrielli comentou o mau resultado do quarto trimestre de 2011, quando o lucro da estatal, de R$ 5,049 bilhões, foi metade do realizado no mesmo período de 2010. Com a queda das suas ações na sexta-feira, por causa do mau resultado, a Petrobrás perdeu R$ 28 bilhões em valor de mercado. (Estadão)
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