domingo, 19 de fevereiro de 2012

Falhas do Enem serão vidraça de Fernando Haddad na eleição

Um almoço no início de 2009 no gabinete do então ministro da Educação, Fernando Haddad, selou o destino do exame que agora virou uma fonte de dores de cabeça para sua campanha à Prefeitura de São Paulo. O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi criado em 1998, no governo Fernando Henrique Cardoso, com o objetivo de substituir gradualmente os vestibulares. Mas poucas universidades públicas haviam aderido integralmente a ele em 2009, alegando que ele não selecionava os melhores alunos. Apesar disso, parte dos reitores cobrava que o MEC centralizasse os vestibulares das instituições. O caminho natural era reformular o Enem. Haddad ouviu três propostas durante o almoço: acelerar a realização do exame em 2009, adiar a ideia para 2010, ou deixar tudo para 2011, quando um novo governo tomaria posse. Poucos apostavam que o ministro seguiria no cargo se Dilma Rousseff fosse eleita presidente. Optou-se então pela sugestão do então presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, de fazer tudo logo. Haddad e Fernandes diziam que era preciso tomar uma decisão ousada, sob o risco de a ideia se perder. (Folha)

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