Em assembleia finalizada agora há pouco, os PMs da Bahia decidiram manter a greve que já dura 10 dias. A decisão deixou políticos e o governo surpresos, uma vez que as reivindicações de caráter salarial foram praticamente atendidas pelo governador Jaques Wagner (PT), à exceção da anistia a policiais contra os quais foram emitidos mandados de prisão, decisão que cabe à Justiça.
De acordo com o jornal O Globo, as associações que representam os PMs querem que o pagamento da GAP 4 seja antecipado de novembro para março. O governo mantém a proposta inicial. Segundo integrantes do comando do movimento, há cerca de dez mil policiais no local. O acesso ao ginásio não foi permitido a jornalistas e fotógrafos.
Uma comissão de deputados de partidos que apoiam o governador Jaques Wagner tentou costurar um acordo político para amenizar as punições aos líderes dos grevistas.
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB) contou que essa comissão já conseguiu negociar a manutenção dos 12 líderes com mandado de prisão preventiva em Salvador e não em presídios federais como chegou a anunciar o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
- Estamos garantindo aos grevistas que não haverá retaliação para quem fez a paralisação e não participou de atos de vandalismo, mas não há como negociar a revogação das prisões – disse.
Por outro lado, Gomes entende que, se a greve for encerrada, não haverá mais sentido manter preso os acusados. (Com informações de Chico Otávio, de O Globo)
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