sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

BRASIL: Para Dilma, crise afetou profundamente o Brasil


Presidente Dilma Rousseff
A presidente Dilma Rousseff admitiu que a crise internacional afetou profundamente o Brasil e que a recuperação mundial ainda é “tênue”, o que irá exigir mais esforços da região para garantir a manutenção dos ganhos sociais obtidos nos últimos anos. Em um discurso de 14 minutos durante a sessão plenária presidencial na Cúpula Extraordinária da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), a presidente fez questão de mencionar os processos eleitorais na região este ano. Segundo Dilma, dessas eleições “saiu vitoriosa a agenda da inclusão social, do desenvolvimento com distribuição de renda e, portanto, do combate à desigualdade e da garantia de oportunidades, que caracteriza a nossa região nos últimos anos”. “Na atual conjuntura de crise internacional, com queda no preço das commodities e, principalmente, do petróleo, o desafio do desenvolvimento é ainda maior. Temos diante de nós compromissos históricos a cumprir, tarefas cuja realização será crucial para o nosso futuro”, disse. “O Brasil se dispôs a, nesse período, avançar no combate à desigualdade, assegurando o crescimento com inclusão social. Nós, nessa eleição, mostramos que diante da crise, que nos afetou profundamente, defendemos sobretudo o emprego e, por isso, mantivemos uma das menores taxas de desemprego de toda a nossa história”. A presidente afirmou, ainda, que os países da região já provaram que são capazes de “enfrentar muitos desafios” e conseguiram aumentar renda, diminuir desemprego, reduzir os níveis de pobreza, mas precisam continuar neste caminho. “Todos nós sabemos que a recuperação da crise que começou lá atrás, em 2008, ainda é tênue. Temos um quadro difícil na Europa, uma recessão no Japão, uma recuperação nos Estados Unidos, mas ainda uma recuperação que não mostra toda sua força. Por isso, é importante que os países da região tenham capacidade de se integrar e cooperar cada mais”, defendeu. A queda no preço das commodities e do petróleo, que afetam as exportações de todos os países da região, foi tema também dos discursos dos presidentes Rafael Correa, do Equador, e de Nicolás Maduro, da Venezuela.
Lisandra Paraguassu, Estadão Conteúdo

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