Os partidos de oposição ao governo se articulam no Congresso para ouvir os servidores federais que estão sendo investigados pela operação Porto Seguro, da Polícia Federal, mesmo após a determinação da presidente Dilma Rousseff para exonerar e afastar os envolvidos. A operação Porto Seguro foi deflagrada na sexta-feira e investiga o envolvimento de servidores do Executivo e de agências reguladoras num esquema que obtinha pareceres técnicos fraudulentos que eram vendidos para empresas interessadas. A PF cumpriu mandados de busca e apreensão em órgãos do governo federal e inclusive no escritório da Presidência da República em São Paulo e deteve três pessoas. Também foram indiciadas 18 pessoas, entre elas a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo, Rosemary Novoa de Noronha, e o advogado-geral adjunto da União, José Weber de Holanda Alves. Os dois foram exonerados de suas funções pela presidente. O líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), pediu, nesta segunda-feira, ao diretor da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho, o compartilhamento do inquérito da operação com o Congresso e encaminhou requerimentos de convocação dos envolvidos no esquema para prestar explicações. Ele também quer que os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, sejam convocados para prestar explicações sobre a investigação da PF. Leia mais no Estadão.
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