quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Petrobras perde R$ 700 milhões mensais por defasagem no preço dos combustíveis

Rodrigo-de-Castro-Foto-George-Gianni-PSDB-1 Os prejuízos históricos obtidos pela Petrobras durante os dez anos de administração petista podem se agravar ainda mais na avaliação do analista do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires.
Isso porque a falta de novos reajustes no preço dos combustíveis, defasado em relação ao mercado internacional, deixa como único recurso à empresa vender ativos para compensar o prejuízo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo (21).
“A Petrobras está trocando investimento por custo, é uma situação absurda. Em vez de gerar receita com venda de combustíveis, gera receita com venda de ativos”, disse Pires à publicação.
Pelas contas do economista, a Petrobras tem perdido até R$ 700 milhões por mês pela importação de diesel e gasolina a preços internacionais, já que os combustíveis são revendidos no mercado interno por cerca de 30% a menos. Ele avalia ainda que o atual nível inflacionário do país pesa contra a decisão de reajustar os preços.
Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), titular da comissão de Minas e Energia da Câmara, o prejuízo é mais um capítulo do desmonte da Petrobras patrocinado pela presidente petista Dilma Rousseff.
“Ela, que já foi ministra de Minas e Energia durante o governo Lula, se mostra completamente omissa quanto às questões energéticas. Patrocinou um verdadeiro crime contra o patrimônio do Brasil. A verdade é que a Petrobras vem sendo dilapidada por administrações desastrosas dos petistas. Esse é só mais um triste episódio”, avaliou.
Segundo Adriano Pires, sem os reajustes a estatal seria obrigada a se desfazer de ativos que incluem valiosas participações em campos de petróleo, como foi feito com campos da África e do Golfo do México, nos Estados Unidos, já que recursos como a redução de tributos e o aumento do percentual de álcool na gasolina já foram utilizados ou estão no limite.
“Ter que escolher entre aumentar os preços ou acabar com próprio patrimônio é uma escolha de Sofia”, opina o tucano Rodrigo de Castro. “Qualquer uma delas é uma alternativa ruim”.
E completa: “Tenho certeza que se a empresa estivesse bem administrada, não estaríamos nessa situação”.

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