A morte inesperada, do presidente do Sindicato dos Médicos, José Caires Meira de 52 anos, vítima de infarto agudo do miocárdio, coloca de novo em evidência, o coração, um órgão vital. O que surpreendeu é que o presidente do Sindmed, não se queixava de nenhuma doença e não existem registros em sua família de alguém com algum tipo de cardiopatia.
Segundo o cardiologista Alexandre Viana, as mortes súbitas ocorrem, geralmente, por problemas congênitos. “Também existe a possibilidade de serem problemas adquiridos, que não dependem dos fatores de risco tradicionais. Qualquer um pode ter defeitos ou doenças que não apresentam sintomas e estar sob risco sem saber”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o infarto agudo do miocárdio, popularmente conhecido por ataque cardíaco, mata 15 milhões de pessoas no mundo por ano. Esse alto índice e o que fazer para manter o coração saudável são assuntos importantes que devem ser discutidos.
Normalmente, a obesidade, a falta de exercícios e alimentação incorreta são fatores de risco que elevam muito a probabilidade de acontecer a doença. Mas, porque pessoas saudáveis, morrem de infarto fulminante? Por isso, recomenda-se uma boa avaliação clínica cardiológica periódica.
Pessoas saudáveis morrem mais após infarto
Um novo estudo que acompanhou mais de 500 mil pacientes nos Estados Unidos, publicado no Journal of the American Medical Association, revelou que pessoas com fatores de risco para doenças cardíacas, como pressão alta e colesterol elevado, têm mais chance de sobreviver após um ataque do coração do que aquelas completamente saudáveis. Segundo o estudo, mesmo levando em conta influências como idade e peso, o resultado mostra que, quanto maior o número de fatores de risco, menor a chance de morrer.
“Após ajustar dados como idade e outros fatores clínicos, houve uma associação inversa entre o número de fatores de risco para o coração e mortalidade no hospital”, diz o líder do estudo, o cardiologista e pesquisador John Canto.
“Após ajustar dados como idade e outros fatores clínicos, houve uma associação inversa entre o número de fatores de risco para o coração e mortalidade no hospital”, diz o líder do estudo, o cardiologista e pesquisador John Canto.
Para o pesquisador, uma possível explicação para a descoberta é que pessoas com problemas conhecidos podem estar recebendo remédios, como estatinas e betabloqueadores, que ajudam a protegê-las após o ataque cardíaco. Essas pessoas também tendem a visitar o médico com mais frequência.
Também é possível que pacientes sem os tradicionais fatores de risco tenham outros fatores não avaliados, ou problemas no fluxo sanguíneo, por exemplo.Os dados avaliados vieram de registros de internações entre 1994 e 2006. Do total de pacientes, mais de 85% tinham pelo menos um fator de risco, como pressão alta, colesterol elevado, diabetes ou histórico familiar e pessoas com mais de um tinham sofrido ataques do coração mais jovens.
Também é possível que pacientes sem os tradicionais fatores de risco tenham outros fatores não avaliados, ou problemas no fluxo sanguíneo, por exemplo.Os dados avaliados vieram de registros de internações entre 1994 e 2006. Do total de pacientes, mais de 85% tinham pelo menos um fator de risco, como pressão alta, colesterol elevado, diabetes ou histórico familiar e pessoas com mais de um tinham sofrido ataques do coração mais jovens.
Após levar em conta o fato de que pessoas que não tinham fatores de risco eram frequentemente mais velhas, e ajustar dados como peso, raça e gênero, o estudo descobriu que aqueles que não fumavam, não tinham diabetes, colesterol alto ou histórico familiar tinham 50% mais chance de morrer no hospital do que os demais. Um em cada sete pacientes com nenhum sinal de alerta morreu.
No grupo dos que tinham fatores de risco, a mortalidade foi de um em 28.O líder da pesquisa, John Canto também observou que pacientes com mais fatores de risco tinham mais probabilidade de tomar medicação nas primeiras 24 horas da internação ou passar por uma cirurgia.
“A população realmente precisa identificar os fatores de risco que podem ser tratados precocemente, e esses tratamentos melhoram o prognóstico”, diz Canto. “À medida que a pessoa envelhece, o fato de não ter fatores de risco não significa que ela não precise fazer consultas de rotina”, alertam os médicos.
No grupo dos que tinham fatores de risco, a mortalidade foi de um em 28.O líder da pesquisa, John Canto também observou que pacientes com mais fatores de risco tinham mais probabilidade de tomar medicação nas primeiras 24 horas da internação ou passar por uma cirurgia.
“A população realmente precisa identificar os fatores de risco que podem ser tratados precocemente, e esses tratamentos melhoram o prognóstico”, diz Canto. “À medida que a pessoa envelhece, o fato de não ter fatores de risco não significa que ela não precise fazer consultas de rotina”, alertam os médicos.
Sinais e sintomas
No caso de qualquer sintoma do infarto (dor no peito ou irradiada para o tórax, braço esquerdo ou mandíbula, sudorese e falta de ar), a orientação é procurar imediatamente um especialista, diz o cardiologista Alexandre Viana. “A pessoa com sinais e sintomas sugestivos de infarto deve ir imediatamente para um pronto atendimento, fazer um eletrocardiograma e colher enzimas cardíacas no máximo em 90 minutos. Na fase aguda do infarto, a pessoa passa por cateterismo cardíaco com angioplastia”, explicou o médico
Estar sempre com o check up cardiológico em dia é a melhor maneira de prevenção. Fazem parte da bateria de exames indicados: consulta médica, testes de esforço e eletrocardiogramas, além de exames mais específicos, de acordo com cada caso. Uma forma de avaliar o fator de risco cardíaco é fazer uma cintilografia de perfusão miocárdica, um exame da Medicina Nuclear. “Uma investigação rigorosa da doença pode ser um grande auxiliar para o tratamento e para a prevenção”, explica o cardiologista e especialista em Medicina Nuclear da Quanta Diagnóstico Nuclear, dr. João Vítola.
O exame, que costuma ser solicitado apenas pelo cardiologista, atua como um estratificador de risco, identificando as áreas do coração que estão recebendo fluxo sanguíneo. De acordo com o médico, o resultado do exame pode ser decisivo para encaminhar o paciente para o tratamento necessário.
Nas mulheres, o infarto é duas vezes mais fatal
Nas mulheres, o ataque cardíaco é duas vezes mais fatal do que nos homens, diz o cardiologista Alexandre Viana. Os motivos? Principalmente fumo e obesidade. Por isso, vale a pena adotar uma dieta balanceada. Para evitar problemas cardiovasculares, invista em alimentos ricos em vitaminas e fibras. Assim você mantém sob controle os níveis de colesterol ruim, reduz os riscos de infarto e ainda perde peso!
“Escolha alimentos saudáveis e pratique uma atividade física para viver por mais tempo, e com uma saúde de ferro”, sugere a nutricionista Cristina Barreto. Segundo ela, aveia e fruta são dois aliados para manter o peso ideal e ter um coração saudável. O infarto agudo do miocárdio é uma situação grave, na qual a chance de morte ou de sequelas sérias é muito alta. O tratamento precoce para evitar a doença é o caminho mais seguro. Praticar exercícios regularmente, fazer avaliações cardiológicas com frequência e ter uma alimentação saudável são cuidados básicos que fazem a diferença.
5 maneiras de ter o coração saudável e o corpo sequinho!
1. Levante-se mais vezes
Experimente atender o telefone de pé, trocar o elevador pela escada ou aposentar o controle remoto da televisão. Um estudo norte-americano mostrou que pessoas que se levantam com mais frequência têm as taxas de colesterol ruim menores do que as que ficam sentadas por horas a fio.
2. Aposte na aveia
Uma porção de 100 gramas de aveia tem praticamente o dobro de fibras que a mesma quantidade de pão integral. Basta ingerir de 2 a 4 colheres (sopa) por dia para impedir a absorção do colesterol ruim no intestino. A aveia pode ser misturada ao iogurte ou preparada como sopa ou mingau.
3. Use sal marinho
O sal marinho (ou diet) tem a mesma quantidade de sódio por porção do que o tradicional. Porém, ele é uma opção mais saudável para os hipertensos. Além disso, é o mais indicado para quem quer controlar o inchaço.
4. Coma frutas cítricas
Consuma diariamente frutas cítricas, especialmente as vermelhas, como acerola e toranja (grapefruit). Elas podem baixar bastante seu nível de colesterol ruim em apenas quatro semanas! Além disso, mulheres que ingerem essas frutas todo dia emagrecem mais facilmente. Isso tudo graças a algumas substâncias presentes nelas: licopeno, rutina e outros antioxidantes. Juntas, elas evitam que o excesso de calorias se transforme em gordurinhas localizadas.
5. Escove seu cachorro
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia mostrou que as mulheres têm mais dificuldade em queimar gordurinhas quando estão ansiosas ou estressadas. Segundo os especialistas, uma solução para esse problema é fazer atividades relaxantes e até repetitivas, como escovar um animal de estimação ou tricotar. Ao se dedicar a esse tipo de relaxamento, seu estresse diminui pela metade. Isso é suficiente para derrubar a taxa de colesterol ruim no sangue.
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