Em 6 de dezembro de 2011, discursando numa convenção do DEM, Demóstenes Torres soou como candidato a 2014. O partido “não pode mais ser coadjuvante”, disse, dirigindo-se a uma platéia que sonha com o dia em que se desacoplará do PSDB. “É melhor ser cabeça de cachorro do que rabo de leão.”
O colega Jayme Campos, senador pelo Mato Grosso, enxergou na calva do colega uma juba invisível: “Vamos saudar nosso candidato a presidente, Demóstenes Torres.” Seguiram-se aplausos efusivos. Decorridos três escassos meses, Demóstenes parece mais próximo da renúncia ao Senado. Um cacique do DEM que ajudou a engrossar as palmas lamentava, na noite passada: “Nossa aposta virou cachorro morto.”
Um momento crucial das biografias é o encontro do homem com seu erro. Demóstenes avistou-se com o erro, constatam todos os que o conhecem –ou imaginavam conhecer— no instante em que aproximou sua biografia à folha corrida do contraventor Carlinhos Cachoeira.
Se a atuação de Demóstenes no Senado ensinou alguma coisa, é a não esperar qualquer tipo de intenção altruísta de personagens como Cachoeira. Quando se achegam a pessoas influentes, não buscam amizade, mas o intercâmbio de favores que lhes facilitem a sobrevivência. Leia mais no Blog do Josias.
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