A Bahia é o segundo estado do País que mais coletou armas na Campanha do Desarmamento desde o início deste ano. Os dados são da Secretaria Nacional da Segurança Pública, órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
De acordo com o levantamento, o Estado recolheu 1.380 armas até a primeira semana deste mês, ficando atrás apenas de São Paulo, que coletou 1.877. Iniciada em 2004, a campanha já recolheu 621.839 armas de fogo para destruição no Brasil.
O especialista em segurança pública Theodomiro Dias Neto acredita que a retirada de armas de fogo de circulação é um “instrumento eficaz” para a redução do número de homicídios e de combate à violência.
“Há uma relação imediata entre arma e homicídio. A coleta de armas é um dos principais fatores que causaram a redução dos homicídios em São Paulo”, afirma.
Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Dias Neto opina que, nos casos da Bahia e São Paulo (os dois estados que mais recolheram armas), os índices de coleta são fruto de campanha de divulgação e de conscientização da população.
“Uma arma nas mãos de um civil é fator de insegurança, não de segurança. Para que os índices de violência possam diminuir, é preciso que a sociedade esteja engajada, consciente dos riscos que uma arma de fogo pode oferecer”, defende.
Perfil
Segundo informações da assessoria de comunicação da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), o perfil médio de quem tem participado da campanha na Bahia é de pessoas cujas armas pertenciam a algum parente falecido ou aquelas que, por motivos diversos, compraram a arma, mas não utilizavam.
Segundo o órgão, após recolhidas, as armas são inutilizadas e enviadas para o Exército brasileiro, responsável pela incineração do material. Muitas delas, segundo a PF, têm condições de uso, mas todas são destruídas.
Além de Bahia e São Paulo, Rio Grande do Sul (707), Minas Gerais (552) e Rio de Janeiro (466) integram o ranking dos cinco estados que mais recolheram armas. (Fonte A Tarde)
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