No capítulo de “Avenida Brasil” que vai ao ar no dia 28 de junho, Tufão está com dor de cabeça e vai à cozinha tomar um remédio. Nina entra e pergunta se o patrão está bem. Ele responde que está “morrendo de dor de cabeça” e começa a contar a conversa que teve com Carminha (Adriana Esteves), que minutos antes lhe contara que seu ex-marido tinha um filha "bastarda".
A conversa avança e Tufão diz a Nina que gostaria muito de ter ajudado a menina Rita, mas que nunca soube de sua existência. A chef de cozinha então lhe pergunta o porquê de sua aflição.
Tufão — É sobre a moça que fez o Jorginho terminar com a Débora... A Carminha me contou que é a ex-enteada dela... Mais uma coisa que a Carminha tinha que ter dito pra mim lá atrás e não disse.
Nina — E essa moça agora tá envolvida com o Jorginho. Que coincidência!
Tufão — Eu também achei muito estranho isso tudo. Depois de tanto tempo descobrir que o Genésio tinha uma filha... A moça se chama Rita. Ele confirmou, mas pediu pra eu mentir pra Carminha, dizer que é outra moça. Parece que as duas têm alguma diferença do passado... Uma história confusa. Eu acabei fazendo o que meu filho pediu e menti pra Carminha.
Nina — Agora entendo a sua agonia. Mas se o senhor mentiu foi pelo bem do Jorginho, porque ele pediu... Não precisa ficar assim tão culpado. Foi só uma mentirinha. O senhor não matou ninguém...
Tufão — Aí é que tá... É que... Como é que eu vou dizer isso, meu Deus? Parece brincadeira do destino, mas eu também tenho um envolvimento grande com essa moça...
Nina— O senhor? Com a Rita? Como assim?
Tufão — No fundo não foi só pelo Jorginho que eu menti pra Carminha, mas por mim também. Porque eu queria fazer alguma coisa por essa menina. Queria proteger ela... Porque eu tenho uma dívida enorme com essa moça... Queria pegar na mão dela... E pedir perdão... perdão...
Nina — Perdão por que, seu Tufão? Qual seu envolvimento com essa moça?
Tufão – Eu atropelei o pai dela.
Nina — O quê?
Tufão — Fui eu que atropelei e matei o pai dessa Rita...
A partir daí, Tufão conta, aos prantos, toda a história do atropelamento, deixando Nina completamente emocionada e atônita.
Tufão — Foi sem querer que eu atropelei o Genésio... Eu tava voltando de uma decisão de campeonato, chovia... nem vi de onde ele saiu... Só ouvi o baque! Quando olhei pelo retrovisor o corpo daquele homem tava lá, estendido no asfalto molhado... O pai da Rita morreu nos meus braços, coitado...
Nina — Ele... esse homem... ele sofreu muito antes de morrer?
Tufão — Não, acho que não. Foi tudo muito rápido. Só deu tempo de ele dizer o nome da esposa, pedir pra eu procurar por ela...
Nina — Ele pediu pro senhor procurar a Carminha?
Tufão — Pedir ele não pediu, mas falou o nome dela, o sobrenome. É a mesma coisa, não é?
Nina — Não! Quer dizer... talvez não... Ele não completou a frase, não foi?
Tufão — Não deu tempo, mas... o que é que você quer dizer com isso? (T) Se ele falou o nome, só podia ser pra eu ajudar ela...
Nina — Ele podia tá querendo dizer outra coisa...
Tufão — Do que é que você tá falando, Nina?
Nina — Nada! Besteira minha...
Tufão — Eu me sinto tão culpado, tão responsável por essa Rita... Carminha tinha que ter me contado dela antes! Parece que a menina já não era muito boa da cabeça, deve ter crescido ainda mais perturbada depois que o pai rejeitou ela... Parece que era filha bastarda, que nem o pai sabia mesmo se era legítima...
Nina — Isso tudo a Carminha te falou...
Tufão — Exatamente. Eu podia ter ajudado, dado atenção, tratamento, carinho. Eu podia até ter criado essa menina, como se fosse minha filha!
Nina — Eu tenho certeza disso, seu Tufão. Não se culpe. O senhor nem sabia que essa menina existia...
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