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O endividamento com cartão de crédito é um dos principais perigos do orçamento doméstico, já que as taxas para uso do crédito rotativo do cartão atingiram em média 241,61% ao ano, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) em setembro.
Mas será que o cartão é apenas um vilão ou pode ser também um aliado do orçamento doméstico?
"O cartão de crédito é apenas uma ferramenta, um meio de pagamento. Para quem sabe como usar, pode ser um grande aliado", diz Oswaldo Sena, planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF).
O cartão de crédito pode ser usado para concentrar os gastos realizados durante o mês em uma só conta, possibilitando um melhor controle dos gastos, já que a fatura vem bem detalhada.
O cartão também possibilita a compra de um bem mais caro, adiando o pagamento para a data em que há dinheiro para pagar.
Tem, ainda, a vantagem de oferecer até 40 dias para pagar e benefícios como descontos em programas culturais e pontos em programas de prêmios (incluindo passagens aéreas).
Dívida pode dobrar em seis meses
Tudo isso só será vantagem, porém, se o consumidor tiver controle sobre seus gastos e nunca comprar além do que pode pagar quando chegar a fatura do cartão. "Lembre-se de que pagar juros é perder dinheiro", afirma o planejador financeiro pessoal Rogério Nakata.
"O grande perigo é que se a dívida não for paga em dia, ela pode dobrar em seis meses", afirma Sena, do IBCPF.
Ricardo Pereira, do site Dinheirama, afirma que o cartão de crédito não deve ser usado para emprestar dinheiro. "Para isso, é melhor usar outras fontes de crédito, como empréstimo consignado ou pessoal", diz.
12 maneiras de usar bem o cartão de crédito
Antes de usar, faça o planejamento financeiro
Programe-se para saber quanto pode gastar no cartão de forma a ter dinheiro para pagar a fatura cheia na data do vencimentoFoto: Thinkstock
Anote as despesas
Anote todas as despesas realizadas com o cartão de crédito para que saiba onde e com que mais gastouFoto: Thinkstock
Use como instrumento de controle
O extrato detalhado do cartão pode ser usado como um instrumento de controle para avaliar para onde o dinheiro vai. Lembre-se de que não são gastos "com" cartão, mas gastos "no" cartão, que é apenas um meio de pagamento, como dinheiro ou chequeFoto: Getty Images
Estabeleça o limite
Tenha um limite inferior a 50% da sua receita líquida para não gastar mais do que que pode pagarFoto: Getty Images
Reduza o número de cartões
Restrinja o número de cartões, respeitando o limite da renda. Ter muitos cartões pode fazer com que a pessoa se descontrole no orçamento, além do gasto adicional com anuidadesFoto: Getty Images
Tenha datas diferentes de pagamento
Se contar com dois cartões, aproveite para ter duas datas diferentes de pagamento, de preferência com uma diferença de 15 dias entre elas. Isso possibilita uma melhor administração do dinheiroFoto: Shutterstock
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Evite fazer saques
As tarifas cobradas para saques com cartão de crédito costumam ser elevadasFoto: Shutterstock
Não ande com cartão sem necessidade
Programe-se para usar o cartão com planejamento. Para as despesas miúdas do dia a dia, prefira dinheiro, que dói mais gastarFoto: Thinkstock
Evite cartões de loja
Algumas lojas só permitem o pagamento da fatura dentro da própria loja, o que pode incentivar mais consumo desnecessárioFoto: Shutterstock
Negocie a anuidade
Faça pesquisas sobre a anuidade antes de contratar com o cartão de crédito. Verifique se é possível eliminar este pagamentoFoto: Shutterstock
Evite o rotativo
O cartão de crédito não é uma renda extra. Pagar apenas o rotativo pode tornar a dívida impagável. Se tiver dificuldades para quitar a fatura, é melhor tomar dinheiro emprestado no crédito pessoal, pagar o cartão à vista e parcelar esse novo empréstimo, que tem juros mais baixosFoto: ThinkStock
Fonte: Oswaldo Sena, planejador financeiro certificado pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF); Ricardo Pereira, do site Dinheirama e Rogério Nakata, planejador financeiro pessoal
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