Aos 9 minutos do segundo tempo, Jonathan Tehau subiu mais do que a zaga da Nigéria e cabeceou. Ao vencer o goleiro Eneyama, ele cumpria o grande objetivo de sua seleção na Copa das Confederações: marcar um gol. A Nigéria já tinha balançado as redes três vezes anteriormente e venceu por goleada, 6 a 1. Mas o resultado pouco importou.
Mesmo dominada técnica e fisicamente pelos africanos, o Taiti conseguiu levantar as arquibancadas do Mineirão com seu esforço e conquistou os torcedores brasileiros com carisma. Antes de o jogo começar, técnico e atletas choraram ao ouvir o som do hino do país. Quando o juiz apitou, era só um taitiano tocar na bola para que gritos de incentivo explodissem – e o oposto também acontecia, com os nigerianos vaiados a cada jogada.
A vitória africana era mais do que esperada. O time da Oceania que joga a Copa das Confederações no Brasil é amador. A maioria dos atletas treina uma vez por semana e divide seu tempo com outros empregos. A única exceção é o atacante Marama Vahirua, que atua pelo Panthrakikos, da primeira divisão da Grécia.
No jogo desta tarde, porém, não foi ele o grande destaque do “time da galera”. O craque taitiano foi Steevy Chong Hue, autor do gol do título da Copa das Nações da Oceania (que valeu a vaga no torneio brasileiro) e vendedor em uma empresa de telefonia.
Rápido, quase marcou duas vezes. No primeiro lance, aos 33 minutos do primeiro tempo, entrou na área nigeriana com a bola dominada e perdeu o domínio. No segundo, aos 40, estava livre na área e mergulhou para tentar a cabeçada. Só conseguiu raspar, desviando para fora o cruzamento. Nas duas jogadas, as arquibancadas levantaram. Parecia lance de gol da seleção brasileira. Quando Jonathan Tehau, um dos quatro membros de sua família que estão inscritos no torneio pelo Taiti, testou para dentro do gol nigeriano, foi a senha. Os torcedores ficaram loucos nas arquibancadas, pulando e gritando. Mesmo com a derrota.
Mas, como diz o técnico Muricy Ramalho, “a bola pune”. E o quarto gol da Nigéria foi também de Tehau, que trombou com o goleiro Xavier Samin e tocou contra seu próprio gol. E, o pior: ele já tinha “ajudado” na abertura do placar. Ainda no primeiro tempo, aos cinco minutos, a zaga cortou um cruzamento, a bola bateu no juizão e sobrou para o lateral Elderson Echiéjilé, que chutou. A bola ainda desviou em Tehau e em Nicolas Vallar antes de entrar.
Echiéjilé ainda marcou mais uma vez, o sexto, em uma jogada dentro da área que a zaga do Taiti não não conseguiu cortar. Os outros três gols foram de Oduamadi, o artilheiro, até agora, do torneio. No primeiro, entrou driblando e chutou colocado. No segundo, aproveitou falha feia do goleirão Samin, que bateu roupa em um cruzamento rasteiro. A bola sobrou nos pés do atacante, que só rolou para o gol. O terceiro foi aproveitando um cruzamento rasteiro.
0 comentários:
Postar um comentário