quinta-feira, 16 de junho de 2011

Assunção diz que não se intimidará com torcida nem levará problemas para o campo


As cenas do último sábado do volante Marcos Assunção discutindo rispidamente com membros da torcida organizada do Palmeiras surpreenderam aqueles que conhecem o jeito tranquilo do jogador. Cinco dias após os incidentes, o meio-campista admitiu ter ficado chateado com a situação, mas avisou que não se deixará intimidar com a pressão.

Assunção entrou em atrito com torcedores no treino do Palmeiras, pela manhã, e no desembarque da delegação em Porto Alegre, à tarde, na véspera do empate por 2 a 2 com o Inter. Inicialmente, os membros de uma organizada foram criticar o atacante Luan, mas o volante saiu em defesa do companheiro e acabou virando o alvo principal dos torcedores na ocasião.

“Como tinha tido uma discussão aqui pela manhã, eles falaram que eu tinha faltado com respeito com a torcida deles, que eu estava desrespeitando, e com o dedo na minha cara. Me viram e vieram em direção a mim. Isso não dá. Meu tom de conversa foi o mesmo. Perguntei quando eu tinha desrespeitado a torcida e o Palmeiras, eu jamais fiz isso. Eles estavam exaltados e eu acabei me exaltando também. Saíram alguns palavrões. Eu tenho dois filhos, sou um pai de família, sei ser profissional”, explicou o camisa 20, que avisou que não deixará que este problema afete seu rendimento dentro de campo.

“Isso nunca aconteceu comigo, sou um cara bem tranquilo, foi a primeira vez que tive desentendimento com torcedores. Não gostei, fiquei chateado, não gosto de estar na mídia por coisas ruins. Mas já passou. Não estou preocupado com eles, estou preocupado em fazer o meu papel e ajudar o Palmeiras a conseguir os pontos e as vitórias que precisa. O que acontece fora de campo a gente não pode pensar, porque só atrapalha. É como trazer problema de casa. Eu procuro separar as coisas. Quando começa o treinamento ou o jogo, a gente esquece tudo”.

Marcos Assunção negou que tenha sofrido ameaças posteriores, mas avisou que não mudará seus hábitos fora de campo por conta de qualquer pressão.

“Eu estou tranquilo, venho pro treino, continuo fazendo as mesmas coisas, saio da minha casa, vou pra Caieiras (SP), fico no mesmo lugar de sempre, num barzinho de esquina na rua da minha mãe. A gente não pode ter medo porque eu não fiz nada, foi uma discussão como qualquer outra. Ele é homem, eu também sou, e assim é a vida. Pra mim, acabou aquilo, porque era uma coisa que não era verdade”, completou o meio-campista.

Fonte: UOL

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