sexta-feira, 22 de abril de 2016

BAHIA: Rui e Neto voltam a divergir sobre os rumos da política e novas eleições


Rui Costa e ACM Neto
O prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT) voltaram a divergir sobre os rumos da política nacional. Desta vez, a discordância se deve à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada por senadores para que seja realizada em outubro deste ano uma nova eleição para presidente e vice-presidente. Enquanto o petista avalia que um novo pleito é “melhor do que um vice traidor assumir a Presidência”, se referindo ao vice Michel Temer (PMDB), o democrata afirma que a proposta “soa como choro de perdedor”. “Não pode o PT, por uma questão de mera conveniência, porque está na iminência de ser retirado do governo federal, achar que essa é a solução. Por que não propuseram antes da votação que aconteceu no último domingo? Por que fizeram todo o esforço para construir uma maioria e, depois de perder, agora vêm com essa tese? Soa meio como choro de perdedor”, provocou ACM Neto. O prefeito disse não ter “nenhum embargo pessoal” para discutir o assunto, mas ressaltou que é preciso ter um entendimento da classe política e da sociedade. No início desta semana, Rui Costa afirmou que o vice Michel Temer “não tem legitimidade” para presidir o país. “Os baianos não querem afastamento da presidente, querem respeito ao seu voto. Não sou a favor do vice assumir, porque ele tramou e armou contra a presidente [Dilma Rousseff]. O povo não pode abrir mão do seu voto. Nova eleição é melhor do que vice traidor e cheio de processo na Justiça assumir a Presidência. Se esta for a solução para unificar o país, que então se convoque novas eleições agora em outubro”, pontuou. A PEC que pede a realização de eleições diretas para presidente e vice-presidente da República no dia 2 de outubro deste ano, juntamente com as eleições municipais, foi protocolada na Mesa do Senado na última terça-feira (19) pelo senador João Capiberibe (PSB-AP). Além de Capiberibe, os senadores Walter Pinheiro (sem partido), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Lídice da Mata (PSB-BA), Paulo Paim (PT-RS) e Cristovam Buarque (PPS-DF) apresentaram a proposta como a “solução negociada para a atual crise política no Brasil”. Leia mais na Tribuna da Bahia.

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