sábado, 31 de janeiro de 2015

Lava Jato terá análise mais discreta no Supremo


O caso ameaça tirar do mensalão a alcunha de "maior escândalo de corrupção do País"
O Supremo Tribunal Federal inicia na segunda-feira o ano no Judiciário com o desafio de julgar os desdobramentos da Operação Lava Jato – deflagrada em março de 2014 para apurar esquema de corrupção na Petrobrás. O caso ameaça tirar do mensalão a alcunha de “maior escândalo de corrupção do País”. Entre os citados por delatores estão Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL) favoritos à presidência da Câmara e do Senado, respectivamente, cuja definição acontece amanhã. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem fevereiro como prazo máximo para oferecer denúncia dos acusados ou pedido de abertura de inquérito ao STF, contra os parlamentares e autoridades com foro privilegiado envolvidos no escândalo responsável pelo desvio de, pelo menos, R$ 2,1 bilhões, segundo dados do Ministério Público Federal. Embora as delações do ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef já estivessem com procurador-geral desde o fim do ano passado, Janot aguarda o início da nova legislatura, já que a nova composição da Câmara e do Senado implica em perda de foro de alguns casos e, de outros, de direito a foro especial no Supremo. Formato. Apesar das semelhanças entre os casos da Operação Lava Jato e do mensalão, o julgamento pela Suprema Corte acontecerá de forma distinta do visto entre 2012 e 2013, quando foram condenados 25 réus por um esquema de pagamento à base aliada do governo em troca de apoio político. Agora, o julgamento será fatiado e não mais concentrado em uma única ação, o que é visto por ministros da Corte como fator que deve dar maior celeridade à conclusão do caso.
Estadão Conteúdo

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