sábado, 26 de março de 2011

MDB: 45 anos de história

Ao completar 45 anos de sua fundação, o Movimento Democrático Brasileiro, o MDB, que se tornou o atual PMDB, continua sendo um dos principais representantes da democracia brasileira com o maior número de prefeitos, a maior bancada no Senado, a segunda maior bancada na Câmara e, pela primeira vez no regime democrático, com o vice-presidente da República eleito, Michel Temer (SP).

Também fazem parte dos quadros do Partido o primeiro presidente civil após o período de exceção da ditadura militar, José Sarney (AP), e a primeira mulher a ocupar um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional, deputada Rose de Freitas (ES).

A história do MDB começa em 24 de março de 1966, como organização provisória e um movimento de oposição à ditadura militar. O ex-deputado federal Henrique Lima Santos (BA), hoje o único sobrevivente da 1ª Executiva Nacional do Partido, esteve atuante na luta pela retomada da democracia no país: “neste período que conheci figuras como Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Martins Rodrigues, o general Oscar Passos, Tancredo Neves, senador Ermírio de Moraes, Osvaldo Lima Filho e outras personalidades de projeção nacional”.

Com a instituição do bipartidarismo (criado pelo Ato Institucional nº 2) no país, durante o regime militar, o MDB foi o espaço para os insatisfeitos com o governo e diversos segmentos da esquerda, como o PCdoB, que existia na clandestinidade, em contraposição aos situacionistas do Arena.

Ao longo de 1980, no período de abertura política, surgiram vários Partidos de oposição. Teotônio Vilela se tornou um dos grandes entusiastas do PMDB, que considerava ser o continuador do extinto MDB. Em outubro assumiu a liderança do movimento pró-fusão dos partidos oposicionistas, a fim de enfrentar “a cachoeira casuística oficial”.

Teotônio, na época, defendia que “este país só será grande quando cada brasileiro se sentir responsável e influente pela força do seu pensamento na formação do todo nacional”.

Diretas – Ulysses Guimarães foi um dos principais expoentes da campanha pelas eleições diretas, o Diretas Já, e acabou por se tornar o símbolo do movimento, quando ficou conhecido como “Senhor Diretas”.

Em 1984, a emenda Dante de Oliveira (PEC nº5/1983) foi apresentada pelo então deputado Dante de Oliveira (MT), com o objetivo de reinstaurar as eleições diretas para presidente da República no Brasil. Apesar da pressão popular, a proposta não foi aprovada e o presidente foi escolhido por eleição indireta.

Eleições e Constituinte - Tancredo Neves foi o candidato peemedebista à Presidência da República, eleito em 15 de janeiro de 1985. Ele foi uma grande liderança na luta pelas eleições diretas no período final da ditadura, quando declarou que “restaurar a democracia é restaurar a República. É edificar a Nova República, missão que estou recebendo do povo e se transformará em realidade pela força não apenas de um político, mas de todos os cidadãos brasileiros”.

Com falecimento de Tancredo e a posse de Sarney, sob a Presidência de um peemedebista foi redigida a Constituição de 1988, a “Constituição Cidadã”, numa Assembleia Constituinte comandada por Ulysses Guimarães, que declarou em sua promulgação: “a Constituição mudou na sua elaboração, mudou na definição dos poderes, mudou restaurando a Federação, mudou quando quer mudar o homem em cidadão, e só é cidadão quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa”.

*Informações do PMDB Nacional

0 comentários:

Postar um comentário

.

.